Evangelho Redivivo 2 - Tema 14: O Sermão da Montanha "Felizes os Porque Serão Consolados"





Resumo Esquemático


14 - Introdução
- Bíblia de Jerusalem - Controvérsia da numeração do versículo com outras traduções.
- Bíblia Sagrada/Bíblia de Thompson - João Ferreira de Almeida: versículo 4.A contradição não prejudica o ensino de Jesus.
- Mateus enumera nove bem-aventuranças. Lucas enumera 4.
- Unificação das numerações: 8º + 9º versículos. Eliminação do 5º.
- As escrituras foram escritas em épocas diferentes (Vide Evangelho Redivivo I, tema 4.5); Desfio linguístico: forma x conteúdo.
- Jesus: a retidão, súmula dos seus ensinamentos.

14.1 - Felizes ou Bem-aventurados os Aflitos Porque Serão Consolados
- Subsídios: Mt 5:4,6 e 10; Lc 6:20 e 21, 24 e 25; 
- Allan Kardec: as aflições, causas e consequências; a consolação como recompensa da aflição suportada com resignação. Lei de causa e efeito e o uso do livre-arbítrio.
- O Espiritismo: provações; evolução e aprimoramento da vida.
- Emmanuel: aflição e tranquilidade.

14.1.1 - Justiça das Aflições
- Consequências do uso indevido do livre-arbítrio.
- A vida futura
- Deus e sua justiça.
- Emanuel - exame da própria aflição.

14.1.2 - Causas Atuais das Aflições
- Consequência natural do caráter e  da conduta:
-- Imprevidência; 
-- Exorbitação dos desejos; 
-- mais moderação e menos suscetibilidade; 
-- Intemperança e excessos de todo gênero.

14.1.3 - Causas Anteriores das Aflições.
- Ações passadas: moldam a personalidade dos reencarnados; planejamento reencarnatório familiar, social e profissional.
- A misericórdia divina
- Obsessores e cúmplices
- Auto-obsessão: remorso persistente; rupturas psicológicas; suicidas diretos e renitentes.
- A casa espírita: apoio espiritual. 
- Tribulações impostas aos endurecidos; aceitas pelos arrependidos; expiação do passado e provas para o futuro.
- Provações comuns: depuração e adiantamento. A expiação serve sempre de provam, mas nem sempre a prova é uma expiação;  "provas e expiações são sempre sinais de relativa inferioridade..."



Aspectos Doutrinários e Relevantes.

     132. Qual o objetivo da encarnação dos Espíritos?

     “Deus lhes impõe a encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição. Para uns, é expiação; para outros, missão. Mas, para alcançarem essa perfeição, têm que sofrer todas as vicissitudes da existência corporal: nisso é que está a expiação. Visa ainda outro fim a encarnação: o de pôr o Espírito em condições de suportar a parte que lhe toca na obra da criação. Para executá-la é que, em cada mundo, toma o Espírito um instrumento, de harmonia com a matéria essencial desse mundo, a fim de aí cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. É assim que, concorrendo para a obra geral, ele próprio se adianta.”

     167. Qual o fim objetivado com a reencarnação?

     “Expiação, melhoramento progressivo da Humanidade. Sem isto, onde a justiça?”

(Allan Kardec - O Livro dos Espíritos)


     10º - O Espírito sofre, quer no mundo corporal, quer no espiritual, a conseqüência das suas imperfeições. As misérias, as vicissitudes padecidas na vida corpórea, são oriundas das nossas imperfeições, são expiações de faltas cometidas na presente ou em precedentes existências.
     Pela natureza dos sofrimentos e vicissitudes da vida corpórea, pode julgar-se a natureza das faltas cometidas em anterior existência, e das imperfeições que as originaram.

(Allan Kardec - O Céu e o Inferno, FEB, 1ª Parte, Capitulo VII, Código Penal da Vida Futura)

     "Neste divino código penal, a sabedoria, a bondade, a providência de Deus para com as suas criaturas revelam-se até nas mínimas particularidades, sendo tudo proporcionado e concatenado com admirável solicitude para facilitar ao culpado os meios de reabilitação. As mínimas aspirações são consideradas e recolhidas.

(Allan Kardec - O Céu e o Inferno, FEB, 2ª Parte, Capitulo VI, item 19)

     241 — Onde o maior auxílio para nossa redenção espiritual?

     — No trabalho de nossa redenção  individual ou coletiva, a dor é sempre o elemento amigo e indispensável. E a redenção de um Espirito encarnado, na Terra, consiste no resgate de todas as suas dívidas, com a consequente aquisição de valores morais passíveis de serem conquistados nas lutas planetárias, situação essa que eleva a personalidade espiritual a novos e mais sublimes horizontes na vida do Infinito.

     246 — Qual a diferença entre provação e expiação?

     — A provação é a luta que ensina ao discípulo rebelde e preguiçoso a estrada do trabalho e da edificação espiritual. A expiação é a pena imposta ao malfeitor que comete um crime.

(Francisco Cândido Xavier/Emmanuel - O Consolador)


     Buda ensinava que a única função da vida é a luta pela vitória sobre o sofrimento. Empenhar-se em superá-lo deve ser a constante preocupação do homem. (...)
     Segundo as suas reflexões, o sofrimento se apresenta sob três formas diferentes: o sofrimento do sofrimento; o sofrimento da impermanência e o sofrimento resultante dos condicionamentos.
     O sofrimento do sofrimento é resultado das aflições que ele mesmo proporciona.
     _____
     Ademais, há aquisições que proporcionam prazer em um momento para logo se transformarem em dores acerbas. E o responsável por esse resultado é a ilusão. A maioria dos sofrimentos decorre da forma incorreta por que a vida é encarada. Na sua transitoriedade, os valores reais transcendem ao aspecto e à motivação que geram prazer.
      _____
     Esse é o sofrimento da impermanência das coisas terrenas. Esfumam-se como palha ao fogo, atiçado pelo vento, logo se transformando em cinza flutuando no ar.
     _____
     O sofrimento resultante do condicionamento abarca a educação incorreta, a convivência social pouco saudável, que propiciam agregados físicos e mentais contaminados.
     _____
     A provação é a experiência requerida ou proposta pelos guias espirituais antes do renascimento corporal do candidato, examinadas as suas fichas de evolução, avaliadas as suas probabilidades de vitória e os recursos ao seu alcance para o cometimento (...).
     _____
     As expiações, todavia, são impostas, irrecusáveis, por constituírem a medicação eficaz, a cirurgia corretiva para o mal que si agravou.

(Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis - Plenitude, LEAL, 
Capítulo II e III, pgs. 19, 22, 24, 30 e 31)


     Assim, algumas pessoas creem que, ao nascer, o homem traz consigo irremediável destino, cercado pela fatalidade, de molde a desafiar possibilidades de superação. Se, porém, observamos com atenção a nossa própria vida e a vida do nosso próximo, compreenderemos que assim não é, que muitas dores e difíceis situações poderão ser evitadas no trajeto da nossa condição terrena, se agirmos criteriosamente em torno de nós mesmos.

(Yvonne do Amaral Pereira - à Luz do Consolador, FEB, 
Capítulo Tormentos Voluntários, pgs. 81 e 82
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     Tudo o que vive neste mundo, natureza, animal, homem, sofre e, todavia, o amor é a lei do Universo e por amor foi que Deus formou os seres. Contradição aparentemente horrível, problema angustioso, que perturbou tantos pensadores e os levou à dúvida e ao pessimismo.
     _____ 
      Fundamentalmente considerada, a dor é uma lei de equilíbrio e educação. Sem dúvida, as falhas do passado recaem sobre nós com todo o seu peso e determinam as condições de nosso destino. O sofrimento não é, muitas vezes, mais do que a repercussão das violações da ordem eterna cometidas; mas, sendo partilha de todos, deve ser considerado como necessidade de ordem geral, como agente de desenvolvimento, condições do progresso. Todos os seres têm de, por sua vez, passar por ele. Sua ação é benfazeja para quem sabe compreendê-lo, mas somente podem compreendê-lo aqueles que lhe sentiram os poderosos efeitos. É principalmente a esses, a todos aqueles que sofrem, têm sofrido ou são dignos de sofrer que dirijo estas páginas.

(Léon Denis - O Problema do Ser, do Destino e da Dor, Capitulo XXVI, pgs 519 e 520)


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