Evangelho Redivivo II - Tema 11 - A Escolha dos Quatro Primeiros Discípulos; Jesus Ensina e Cura


 




Resumo Esquemático



11.1 - A Escolha dos Quatro Primeiros Discípulos
- Colégio apostolar; Biografias: ER1-tema 04, subitem 4.4.4
- Primeiros apóstolos: Simão (Pedro), André (irmão de Pedro), Tiago e João (filhos de Zebedeu), Filipe, Bartolomeu, Tomé, Mateus (o publicano), Tiago (filho de Alfeu), Tadeu, Simão (o Zelote) e Judas Iscariotes.
- Apóstolo (enviado; mensageiro) e discípulo (seguem os ensinamentos); sinônimos.
- Controvérsia de local: evangelhos sinótico: Galileia; Evangelho de João: Judeia.
- Levantar e seguir

11.2 - O Chamado de Mateus
- Três grupos de irmãos: Pedro e André; João e Tiago maior; Mateus e Tiago menor.
- Os judeus e o imposto romano: causa de revoltas e indignação. Publicanos mal vistos.
- Escolha de Mateus: servidor leal. Sua vocação religiosa.

11.3 - Jesus Ensina e Cura
- Transformação pelo amor vivido e exemplificado.

11.3.1 - O Ensino nas Sinagogas
- Sinagoga: local de reunião, adoração e de representação da fé judaica; Três propósitos: adoração, educação e governo da vida civil da comunidade.
- Templo: do hebraico hekal (casa grande) "a Casa de Yahweh". Diferenças físicas; espaço mais sagrado.
- Dois templos de Jerusalém:
-- Primeiro, localizado no Monte Moriá (Monte do Templo - Abraão, local do sacrifício de Isaque. Saqueado e incendiado por Nabucodonosor II em 597 a.C. 
-- Segundo, após cativeiro na Babilônia, construído entre 535 a 516 a.C. Destruído em 70 d.C. por Tito. Não abrigava as relíquias sagradas.
-- Terceiro templo a ser construído: o Monte do Templo já se acha ocupado pela Mesquita Al-Aqsa e o Domo da Rocha.
- Allan Kardec em A Gênese: presciência de Jesus.
- Testemunhos no altar da própria vida.
- Esforço diário e perseverante. Cerebração x intimidade do ser. 
- O cristão legítimo: sua bagagem, o testemunho não se limita a palavras. O sentimento superior: reservas.


Aspectos Doutrinários e Relevantes


     "Sinagoga (do grego synagogê, assembléia, congregação). - Um único templo havia na Judéia, o de Salomão, em Jerusalém, onde se celebravam as grandes cerimônias do culto. Os judeus, todos os anos, lá iam em peregrinação para as festas principais, como as da Páscoa, da Dedicação e dos Tabernáculos. Por ocasião dessas festas é que Jesus também costumava ir lá. As outras cidades não possuíam templos, mas, apenas, sinagogas: edifícios onde os judeus se reuniam aos sábados, para fazer preces públicas, sob a chefia dos anciães, dos escribas, ou doutores da Lei. Nelas também se realizavam leituras dos livros sagrados, seguidas de explicações e comentários, atividades das quais qualquer pessoa podia participar. Por isso é que Jesus, sem ser sacerdote, ensinava aos sábados nas sinagogas."
     "Desde a ruína de Jerusalém e a dispersão dos judeus, as sinagogas, nas cidades por eles habitadas, servem-lhes de templos para a celebração do culto."
(AK - O Evangelho Segundo o Espiritismo, FEB, Introdução, item III - Notícias históricas, pg. 42)

     "Meus amigos, agradecei a Deus o haver permitido que pudésseis gozar a luz do Espiritismo. Não é que somente os que a possuem hajam de ser salvos; é que, ajudando-vos a compreender os ensinos do Cristo, ela vos faz melhores cristãos. Esforçai-vos, pois, para que os vossos irmãos, observando-vos, sejam induzidos a reconhecer que verdadeiro espírita e verdadeiro cristão são uma só e a mesma coisa, dado que todos quantos praticam a caridade são discípulos de Jesus, sem embargo da seita a que pertençam. Paulo, o apóstolo. (Paris, 1860.)" (AK - ESE, FEB, Cap. XV, item 10)

"(...) O cristão não oferece dons materiais, pois que espiritualizou o sacrifício. Com isso, porém, o preceito ainda mais força ganha. Ele oferece sua alma a Deus e essa alma tem de ser purificada. Entrando no templo do Senhor, deve ele deixar fora todo sentimento de ódio e de animosidade, todo mau pensamento contra seu irmão (...)." (AK - ESE, FEB, Cap. X, item 8)

     "A fé sincera é empolgante e contagiosa; comunica-se aos que não na tinham, ou, mesmo, não desejariam tê-la. Encontra palavras persuasivas que vão à alma. ao passo que a fé aparente usa de palavras sonoras que deixam frio e indiferente quem as escuta. Pregai pelo exemplo da vossa fé, para a incutirdes nos homens. Pregai pelo exemplo das vossas obras para lhes demonstrardes o merecimento da fé. Pregai pela vossa esperança firme, para lhes dardes a ver a confiança que fortifica e põe a criatura em condições de enfrentar todas as vicissitudes da vida. (AK - ESE, FEB, Cap. XIX, item 11)

     "Sendo a felicidade dos Espíritos inerente às suas qualidades, haurem-na eles em toda parte em que se encontram, seja à superfície da Terra, no meio dos encarnados, ou no Espaço."
     (...)
     "O mundo espiritual tem esplendores por toda parte, harmonias e sensações que os Espíritos inferiores, submetidos à influência da matéria, não entrevêem se quer, e que somente são acessíveis aos Espíritos purificados." 
     "A suprema felicidade só é compartilhada pelos Espíritos perfeitos, ou, por outra, pelos puros Espíritos, que não a conseguem senão depois de haverem progredido em inteligência e moralidade."

(AK - O Céu e o Inferno, 1ª Parte, Cap III, item 6 e 7)

     14. - Ao lado das grandes missões confiadas aos Espíritos superiores, há outras de importância relativa em todos os graus, concedidas a Espíritos de todas as categorias, podendo afirmar-se que cada encarnado tem a sua, isto é, deveres a preencher a bem dos seus semelhantes, desde o chefe de família, a quem incumbe o progresso dos filhos, até o homem de gênio que lança às sociedades novos germens
de progresso. É nessas missões secundárias que se verificam desfalecimentos, prevaricações e renúncias que prejudicam o indivíduo sem afetar o todo

(AK - O Céu e o Inferno, 1ª Parte, Cap. III, item 14).

     7ª Podem os Espíritos dar-nos a conhecer o futuro?

     "Se o homem conhecesse o futuro, descuidar-se-ia do presente.

(AK - O Livro dos Médiuns, item 289)

     562. Já não tendo o que adquirir, os Espíritos da ordem mais elevada se acham em repouso absoluto, ou também lhes tocam ocupações?

     “Que quererias que fizessem na eternidade? A ociosidade eterna seria um eterno suplício.”

     a) - De que natureza são as suas ocupações?

     “Receber diretamente as ordens de Deus, transmiti-las ao universo inteiro e velar porque sejam cumpridas.”
(AK - O Livro dos Espíritos)





Ensaio Interpretativo

1. Estando Ele a caminhar

    
Quanto mais se eleva o Espírito na senda do progresso tanto mais ativo se torna e mais amplo o seu campo de trabalho que igualmente transcende e se espiritualiza.
     Desse modo torna-nos claro que os Espíritos Superiores encontram imensa alegria e gozos no trabalho que exercem satisfação essa que nem de longe concebemos. Carece afirmar que suas ocupações encontram-se muito distantes das nossas, que ajustada ao nosso progresso, são ainda muito materializadas e grosseiras.
     Um simples vislumbre na historia humana nos garante a certeza de que a medida que evoluímos
nossas ocupações vão se tornando mais intelectualizadas e gradativamente mais complexas, embora conservem por base os mesmos princípios fundamentais que regem as leis físicas.
     Em Jesus encontramos o parâmetro mais elevado das nossa ocupações, que é a de servir a Deus trabalhando incessantemente para o progresso de todos.
     Antes mesmo da formação do globo terrestre Jesus já havia alcançado a condições de Espírito puro. No entanto vemos na descrição singela do apóstolo Jesus caminhando junto ao mar da Galileia compartilhando com as almas humildes dos pescadores e trabalhadores do povo aquele momento revestido de imensa simplicidade.
     O que para o nosso olhar desatento parece trivial pode revestir-se de grandeza e luz sob o prisma das Leis eternas e divinas.

Tenho procurado agir com simplicidade e humildade na diversas situações da vida?

O que de fato é ser verdadeiramente humilde?


2. Segui-me

     Jesus ao convocar Simão e Andre -lo em tom imperativo, de acordo com a narrativa do apóstolo, no que foi obedecido sem tergiversação.
     Pode parecer a princípio que seguir o Cristo seja um ato puramente maquinal. A adesão inicial não representa condição irrestrita de fidelidade invariável. Tanto assim que por diversas vezes os apóstolos encontravam dificuldades para compreender o que Jesus fazia e ensinava. E não poderia ser diferente. Os apóstolos eram Espíritos superiores mas ainda não haviam alcançado a perfeição e estavam encobertos pelo véu do esquecimento a que foram submetido pela reencarnação. Considere ainda que eles estavam submetidos ao contexto cultural judaico daquela época.
     Essas considerações reclamam de nós o entendimento que não obstante o contexto cultural em que vivamos as leis morais que regem as relações entre os seres inteligentes da criação são inexoravelmente as mesmas, resguardada a relatividade do progresso espiritual já efetuado. Quando mais adiantado na senda do progresso maior responsabilidade tem o Espírito por seus atos.
     Nas circunstancias descritas por Mateus percebemos a adesão voluntária dos convocados, que poderiam ter ignorado aquele convite. Os apóstolos traziam dentro de si, ainda que de modo inconsciente, o compromisso firmado previamente antes da reencarnação o que lhes motivou a ação. Outro aspecto interessante é que sendo médiuns os apóstolos poderiam estar sendo inspirados pelos Espíritos superiores, o que não lhes retira de modo algum o mérito de obedecerem ao chamado do Mestre. Além dessas considerações acrescentamos o irresistível e doce magnetismo do Cristo, que até os dias atuais continua nos atraindo.

Tenho ignorado de modo ostensivo o chamamento ao cumprimento dos meus deveres?


3. pescadores de homens

     Pescar significa capturar o peixe e retirá-lo de seu ambiente habitual. Como toda atividade humana requer certas habilidades tais como observar, ter paciência, perceber a oportunidade, ser resiliente e às vezes ter firmeza na ação.
     Se para apanhar um peixe são requeridas tantas habilidades imaginemos as habilidades para "pescar" as almas dos homens. Certamente Jesus usou de uma figura de linguagem, o que lhe era habitual, para clarear seu propósito.
     Vê-se que a tarefa proposta pelo Cristo não é algo imediatamente fácil de executar. A dificuldade torna-se mais árdua quando não há em contrapartida almas desejosas de serem "pescadas". 
     Atrair para si a atenção das pessoas e convence-las a abandonarem seu espaço de conforto para conviverem com toda sorte de sacrifícios é algo, ainda para os dias atuais, bastante difícil.
     



11

NO TEMPLO

Entrar pontualmente no templo espírita para tomar parte das reuniões, sem provocar alarido ou perturbações.

O templo é local previamente escolhido para encontro com as Forças Superiores.

Dedicar a melhor atenção aos doutrinadores, sem conversação, bocejo ou tosse bulhenta, para que seja mantido o justo respeito ao lar da oração.

Os atos da criatura revelam-lhe os propósitos.

Evitar aplausos e manifestações outras, as quais, apesar de interpretarem atitudes sinceras, por vezes geram desentendimentos e desequilíbrios vários.

O silêncio favorece a ordem.

Com espontaneidade, privar-se dos primeiros lugares no auditório, reservando-os para visitantes e pessoas fisicamente menos capazes.

O exemplo do bem começa nos gestos pequeninos.

Coibir-se de evocar a presença de determinada entidade, no curso das sessões, aceitando, sem exigência, os ditames da Esfera Superior no que tange ao bem geral.

A harmonia dos pensamentos condiciona a paz e o progresso de todos.

Acostumar-se a não confundir preguiça ou timidez com humildade, abraçando os encargos que lhe couberem, com desassombro e valor.

A disposição de servir, por si só, já simplifica os obstáculos.

Desaprovar a conservação de retratos, quadros, legendas ou quaisquer objetos que  possam ser tidos na conta de apetrechos para ritual, tão usados em diversos meios religiosos.

Os aparatos exteriores têm cristalizado a fé em todas as civilizações terrenas.

Oferecer a tribuna doutrinária apenas a pessoas conhecidas dos irmãos dirigentes da Casa, para não acumpliciar-se, inadvertidamente, com pregações de princípios estranhos aos postulados espíritas.

Quem se ilumina, recebe a responsabilidade de preservar a luz.

Nas reuniões doutrinárias, jamais angariar donativos por meio de coletas, peditórios ou vendas de tômbolas, à vista dos inconvenientes que apresentam, de vez que tais expedientes podem ser tomados à conta de pagamento por benefícios.

A pureza da prática da Doutrina Espírita deve ser preservada a todo custo.

“Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.” — Jesus. (MATEUS, 18:20.)

(FCX/Andre Luiz - Conduta Espírita, FEB)


32

O Obreiro do Senhor

Reunião pública de 8/5/59 Questão n° 897

     Cada criatura mora espiritualmente na seara a que se afeiçoa.
     É assim que, se o justo arrecada prêmios da retidão, o delinquente, em qualquer parte, recolhe os frutos do crime.
     O obreiro do Senhor, por isso mesmo, onde surja, é conhecido por traços essenciais.
Não cogita do próprio interesse.
Não exige cooperação para fazer o bem.
Não cria problemas.
Não suspeita mal.
Não cobra tributos de gratidão.
Não arma ciladas.
Não converte o serviço em fardo insuportável nos ombros do companheiro.
Não transforma a verdade em lâmina de fogo no peito dos semelhantes.
Não reclama santidade nos outros, para ser útil.
Não fiscaliza o vintém que dá.
Não espia os erros do próximo.
Não promove o exame das consciências alheias.
Não se cansa de auxiliar.
Não faz greve por notar-se desatendido.
Não desconhece as suas fraquezas.
Não cultiva espinheiros de intolerância.
Não faz coleção de queixas.
Não perde tempo em lutas desnecessárias.
Não tem a boca untada com veneno.
Não sente cóleras sagradas.
Não ergue monumentos ao derrotismo.
Não se impacienta.
Não se exibe.
Não acusa.
Não critica.
Não se ensoberbece.
     Entretanto, frequentemente aparece na Seara Divina quem condene os outros e iluda a si mesmo, supondo-se na posse de imaginária dominação.
     O obreiro do Senhor, todavia, encarnado ou desencarnado, em qualquer senda de educação e em qualquer campo religioso, segue à frente, ajudando e compreendendo, perdoando e servindo, para cumprir-lhe, em tudo, a sacrossanta Vontade.

(FCX/Emmanuel - Religião dos Espíritos, FEB)



O Evangelho Segundo o Espiritismo:
- Apostolo(s) - 28 citações.
- Discípulo - ESE - 45 citações.
- Pregai - 11 citações.
- Templo - 14 citações.

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