ER3 - T14 - JESUS E HERODES (Evangelho de Marcos: Revisão; Convencionalismo; Ressurreição e reencarnação; virtudes; Causa e efeito; Escala Espírita)

Resumo

HERODES E JESUS - EXECUÇÃO DE JOÃO BATISTA (MC 6:14-29) - 24/03/2024 21:03:32

 Introdução:

- Comportamento do verdadeiro cristão: afasta-o dos interesses particulares em detrimento do coletivo, e não se prende ao CONVENCIONALISMO político-social mundano, de natureza transitória.

 

14.1 HERODES E JESUS (MC 6:14-16)

 

14 O rei Herodes ouviu falar dele. Com efeito, seu nome se tornara célebre,

15 Já outros diziam: “É Elias”. E outros ainda: “É um profeta como os outros profetas.”

16 Herodes, ouvindo essas coisas, dizia: “É João, que eu mandei decapitar, que ressuscitou!” e diziam: “João Batista foi ressuscitado dos mortos, e por isso os poderes operam através dele”.

 

a) - Duvidas semelhantes a pergunta de Jesus em Cesareia de Felipe*:

“Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” Disseram: “uns afirmam que é João Batista,outros que é Elias, outros ainda, que é Jeremias ou um dos profetas”.

Então lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Simão Pedro,respondendo, disse: “Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo”. (Mt 16:13-16).

b) - Diferença entre Mateus e Marcos:

Mateus -  dois pontos: 1º.o que pensava o povo; 2º.o que os discípulos supunham. Pedro: Jesus o Messias aguardado. Marco = a mesma ideia do povo.

c) - Herodes o Tetrarca (filho de Herodes o grande): duvidava aparentemente ser João Batista um dos profetas: “É João, que eu mandei decapitar, que ressuscitou*!” (Mc 6:16)

     Idéia semelhante em Mateus e Lucas:

          Mateus, 14:1-2: “Naquele tempo, Herodes, o tetrarca, veio a conhecer a fama de Jesus. E disse aos seus criados: ‘Este é João Batista,ressuscitou dos mortos, e, por isso, essas maravilhas operam nele”.

          Lucas, 9:7-9: E o tetrarca Herodes ouvia tudo o que se passava e estava em dúvida, porque diziam alguns que João ressuscitara dos mortos. E outros, que Elias tinha aparecido, e outros que um profeta dos antigos havia ressuscitado. Disse Herodes: ‘A João eu mandei degolar; quem é, pois, este de quem ouço dizer tais coisas?”.

d) - Chaplin: Herodes pensava literalmente que Jesus era o Batista ressurreto. Jesus e João pareciam ser uma só personalidade. Crenças antigas: a alma de pessoa morta por violência poderia tomar controle de ser ainda vivo.

e) - Para os cristãos: Jesus e João são distintos. Malaquias (ultimo profeta do AT - Apêndices) 3:23-24.Eis que vos enviarei Elias, o profeta, antes que chegue o dia de Iahweh, grande e terrível. Ele fará voltar o coração dos pais para os filhos e o coração dos filhos para os pais, para que eu não venha ferir a terra com anátema.

Mateus, 11:11-15 (citando Jesus) – Em verdade vos digo que, entre  os nascidos de mulher*, não surgiu nenhum maior do que João, o Batista. E, no entanto, o menor no Reino dos Céus é maior do que ele. Desde os dias de João, até agora, o Reino dos Céus sofre violência, e os violentos se apoderam dele. Porque todos os profetas,

bem como a Lei, profetizaram, até João. E, se quiserdes dar crédito, ele é o Elias que deve vir. Quem tem ouvidos, ouça!

Allan Kardec – [...] com esta passagem alegórica, é uma afirmação positiva. — “Desde o tempo de João Batista até o presente, o Reino dos Céus é tomado pela violência”. Que significam essas palavras, uma vez que João Batista ainda vivia naquele momento? Jesus as explica, dizendo: “Se quiserdes compreender o que digo, ele mesmo é o Elias que há de vir”. Ora, sendo João o próprio Elias, Jesus se refere à época em que João vivia com o nome de Elias. “Até o presente, o Reino dos céus é tomado pela violência” é outra alusão à violência da lei mosaica, que ordenava o extermínio dos infiéis para se ganhar a Terra Prometida, Paraíso dos Hebreus, ao passo que, conforme a nova lei, o Céu se ganha pela caridade e pela brandura. Depois acrescenta: Ouça quem tiver ouvidos de ouvir. Essas palavras, que Jesus tanto repetiu, dizem claramente que nem todos estavam em condições de compreender certas verdades”.

 14.2 A EXECUÇÃO DE JOÃO BATISTA (MC 6:17-29

17 Herodes, com efeito, mandara prender João e acorrentá-lo no cárcere, por causa de Herodíades, a mulher de seu irmão Filipe, pois ele a desposara

18 e, na ocasião, João dissera a Herodes: “Não te é lícito possuir a mulher de teu irmão”.

19 Herodíades então se voltou contra ele e queria matá-lo, mas não podia,

20 pois Herodes tinha medo de João e, sabendo que era homem justo e santo, o protegia. E quando o ouvia, ficava muito confuso e o escutava com prazer.

21 Ora, chegou um dia propício: Herodes, por ocasião de seu aniversário de nascimento, ofereceu um banquete aos seus magnatas, aos oficiais e às grandes personalidades da Galileia.

22 E a filha de Herodíades, entrou e dançou. E agradou a Herodes e aos convivas. Então o rei disse a moça: “Pede-me o que bem quiseres, e te darei.”

23 E fez um juramento: “Qualquer coisa que me pedires te darei, até a metade do meu reino!”

24 Ela saiu e perguntou à mãe: “Que peço?” E ela respondeu: “A cabeça de João Batista”.

25 Voltando logo, apressadamente, à presença do rei, fez o pedido: “Quero que, agora mesmo, me dês num prato a cabeça de João Batista”.

26 O rei ficou profundamente triste. Mas, por causa do juramento que fizera e dos convivas, não quis deixar de atendê-la.

27 E imediatamente enviou um executor, com ordens de trazer a cabeça de João.

28 E saindo, ele o decapitou na prisão. E trouxe a sua cabeça num prato. Deu-a à moça, e esta a entregou a sua mãe.

29 Os discípulos de João souberam disso, foram lá, pegaram o corpo e o colocaram num túmulo.

 f) - Herodes, Herodíades e Salomé: posturas comportamentais comuns na sociedade.

g) - João Batista: Trabalhador da primeira hora; Espírito forte: não se abateu diante das adversidades e vicissitudes; fiel a Deus e a Jesus até o término de sua jornada terrestre.

h) - Herodes: administrador fraco, espírito imaturo e de pouca elevação moral. Herodíades: espírito pouco evoluído, preso a mágoas e desejo de vinganças, refletia preceitos da sociedade judaica da época. Salomé: futilidade, vaidade e inconsequência. Todos atenderam a interesses pessoais e a conveniência política que, no caso, confrontava os princípios da Lei de Deus e da moralidade humana.

i) - Humberto de Campos (Boa Nova):

João batista - o precursor. Vestido de peles e alimentando-se de mel selvagem. Um dos mais belos de todos os símbolos imortais do Cristianismo (símbolo rude da Verdade, João é o primeiro sinal do cristão ativo, em guerra com as próprias imperfeições do seu mundo interior - austera disciplina). João era a Verdade, e a verdade, na sua tarefa de aperfeiçoamento, dilacera e magoa, deixando-se levar aos sacrifícios extremos. Salomé representa a futilidade do mundo,

Herodes e sua mulher, o convencionalismo político e o interesse particular.

j) - Amélia Rodrigues: Lei de causa e efeito: Elias resgatava o crime cometido às margens do rio Quizom, quando mandara decepar a cabeça dos adoradores de Baal e, livre, tarefa cumprida, ascendia, agora, nos Cimos.

k) - O apóstolo Paulo:  reforça esse princípio da Lei Divina em sua Carta aos gálatas, 6:7: “Não erreis. Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará”.

l) - Emmanuel:

[...] Não é preciso morrer na carne para conhecer a lei das compensações.

Reparemos a luta vulgar.

[...] Todo dia é tempo de semear.

Todo dia é tempo de colher.

Não é preciso atravessar a sombra do túmulo para encontrar a justiça, face a face.

Nos princípios de causa e efeito, achamo-nos incessantemente sob a orientação dela, em todos os instantes de nossa vida.

m) - Trabalhadores da primeira hora: sangue, suor e lágrimas. Trabalhadores da última hora? "Não basta falar, aconselhar e informar.(...) Ide e exemplificai."

n) - Exortações de Alcione:

A mensagem do Cristo precisa ser conhecida, meditada, sentida e vivida. Nesta ordem de aquisições, não basta estar informado. Um preceptor do mundo nos ensinará a ler; o Mestre, porém, nos ensina a proceder, tornando-se nos, portanto, indispensável a cada passo da existência. Eis por que, excetuados os versículos de saudação apostólica, qualquer dos demais conterá ensinamentos grandiosos e imorredouros, que impende [cabe, compete] conhecer e empregar, a benefício próprio.

 Plano de aula

             A – Objetivo Geral

             Conhecer, meditar, sentir e vivenciar o Evangelho de Jesus.

             B – Objetivos específicos

             1 – Recordar brevemente os aspectos mais relevantes do Evangelho de Marcos (ER3-L1)

            2 – Citar os principais aspectos do contexto político-social e histórico relativos a esta passagem do Evangelho Segundo Marcos.

            3 – Identificar o simbolismo associado a João Batista, Herodes, Herodíades e Salomé listando suas qualidades.

            4 – Diferenciar ressurreição de reencarnação.

            5 – Extrair do texto evangélico as implicações referente a Lei de Causa e Efeito.

            6 – Discutir o significado da expressão “entre  os nascidos de mulher, não surgiu nenhum maior do que João, o Batista. E, no entanto, o menor no Reino dos Céus é maior do que ele.”

             C – Conteúdo

             893. Qual a mais meritória de todas as virtudes?

            “Toda virtude tem seu mérito próprio, porque todas indicam progresso na senda do bem. Há virtude sempre que há resistência voluntária ao arrastamento dos maus pendores. A sublimidade da virtude, porém, está no sacrifício do interesse pessoal, pelo bem do próximo, sem pensamento oculto. A mais meritória é a que assenta na mais desinteressada caridade.”

            895. Postos de lado os defeitos e os vícios acerca dos quais ninguém se pode equivocar, qual o sinal mais característico da imperfeição?

            O interesse pessoal. Frequentemente, as qualidades morais são como, num objeto de cobre, a douradura que não resiste à pedra de toque. Pode um homem possuir qualidades reais, que levem o mundo a considerá-lo homem de bem. Mas, essas qualidades, conquanto assinalem um progresso, nem sempre suportam certas provas e às vezes basta que se fira a corda do interesse pessoal para que o fundo fique a descoberto. O verdadeiro desinteresse é coisa ainda tão rara na Terra que, quando se patenteia, todos o admiram como se fora um fenômeno.

             D – Roteiro

             1 – Leitura inicial e prece. (16:00 – 16:05)

            2 – introdução: Apresentar por meio de powerpoint o objetivo geral, os objetivos específicos, as características do Evangelho de Marcos, a bibliografia do estudo e os aspectos político-sociais e históricos relativos a esta passagem de Marcos. (16:05 – 16:20)

            3 – Dividir os participantes em grupos de três a quatro participantes. (Esperado 08 grupos). Os grupos ímpares e pares receberão os itens correspondentes. Solicitar que realizem as tarefas propostas com base no texto do ER3 lição 14, anotando as respostas. (16:20 – 16:40)

            4 – Reunir os grupos ímpares e pares para que complementem suas tarefas. Formarão 04 grupos. (16:40 – 16:55)

            5 – Após reunir um grupo par com um grupo ímpar e solicitar que apresentem seus resultado e complementem suas resposta - 02 grupos. (16:55 – 16:10)

            6 – No grande plenário solicitar que os grupos apresentem os resultados das tarefas alternadamente. Um grupo apresentará os itens pares e o outro os itens ímpares. (16:10 – 16:25)

            7 – Complementar as respostas dadas sanando as possíveis dúvidas com auxilio do powerpoint.

            8 – Encerrar a reunião com a prece final (16:25-16:30)

          Trabalho em Grupo

1) O que é convencionalismo? Cite pelo menos um exemplo de comportamento convencional que você costuma realizar sem pensar!

2) No texto de estudo qual o simbolismo associado a:

PERSONAGEM

SÍMBOLOS

Herodes

 

Herodíades

 

Salomé

 

João Batista.

 

Anote o simbolismo associado a cada um deles preenchendo o quadro sinóptico acima. Com qual destes símbolos você se identifica mais?

3) Porque João Batista é considerado um dos mais belos de todos os símbolos imortais do Cristianismo? Por que isso é importante para nós atualmente?

4) Segundo o texto qual o conceito de ressurreição  vigente àquela época?

5) O que é virtude e qual a mais meritória delas?

6) Porque João Batista foi degolado? Quais as implicações desse fato para nós?

 































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