Evangelho Redivivo II - Tema 09: As provações de Jesus no Deserto





Resumo Esquemático

Introdução:
a. A superioridade espiritual de Jesus
b. Jesus - Espírito puro. Mensageiro direto de Deus.
c. Ideia bíblica da tentação - por a prova; difere de sedução (conotação moderna)
d. Demônio, satanás, satã, diabo conceitos diversos:
     - deidades; sa'ír (Lv 177; II Cr 11:15 - cabeludo, sátiro):  shed (Dt 32:17 e Sl 106:37 - Assírio);
     - Daimonion, daimon (bom sentido, poder divino); NT - seres espirituais contrários a Seus e as  
       homens; Belzebu - príncipe; Jesus acusado de ter um demônio (Jo 7:20 e 10:20).
     - Na mitologia; os gregos: demônios: intermediários entre os deuses e os homens; A bíblia: 
       exclusivamente maus; teologia católica: hierarquias.
     - Allan Kardec: A criação divina: sem privilégios; não há seres criados perpetuamente para o mal;
       Espíritos atrasados e imperfeitos; Anjos são espíritos purificados, que alcançaram a 
       perfeição.
e. Evangelhos: Mt e Lc convergem na narrativa. Mc é sucinto (ideal messiânico e a Proteção
    Divina).

9.1 - A tentação no deserto
9.1.1 - Espírito - Espirito Santo (Evangelho de Lucas) = Sopro e energia criadora de Deus; inspiração 
           dos profetas; guia da missão de Jesus e do Cristianismo nascente.
9.1.2 - Deserto - Local de provações e sofrimentos.
9.1.3 - Tentação -Simbolismo: passagem do povo de Israel pelo deserto por 40 anos. Dt (6:5-8): amor a 
            Deus, obediência, resignação. Tiago (1:14) - Emmanuel: Tentação e concupiscência - atração.
9.1.4 - Diabo - Anjos Rebelados; Lucifer, Principe do mundo; Acusador, caluniador (Mt); satan = 
           adversário (Jó 1:6+); Opositor à obra de Deus (Mt 13:39; Jo 8:44, 13:02; At 10:38; Ef 6:11; I Jo 
           3:8 etc). Vitoria final de Deus (Mt 25:45; Hb 2:14; Ap 12:9-12, 20:2-10) 
9.1.5 - 40 dias de jejum - Simbolismo no AT e NT - diluvio, peregrinação do povo de israel no deserto; 
            e outras referencias.
9.1.6 - Jejum - Prática antiga; Simbolismo do jejum: abnegação, renúncia; abstenção dos 
           pensamentos inferiores.

9.2 - As provações de Jesus no deserto
        - Escravidão do homem pelo mal. Libertação pelo bem.
        - As três provações de Jesus: 1. a dos gozos materiais; 2. a da vaidade e riqueza; 
          3. o do poder temporal.
9.2.1 - Primeira provação: transformar pedras em pães - atender as necessidades fisiológicas (instinto 
           de conservação): Jesus Espírito puro controle absoluto sobre a matéria.
9.2.2 - Resposta de Jesus (Mt 4:4) - Força moral íntima.
9.2.3 - Segunda provação: Atirar-se do pináculo do templo e ser salvo pelos anjos. Reconhecimento de 
           Jesus como o Messias, filho de Deus.
9.2.4 - Resposta de Jesus (Mt 4:7): aceitação das tribulações da vida material.
9.2.5 - Terceira provação: Poder e riqueza do mundo: simbolismo; visão psíquica ou vidência; Satanás 
           dono do mundo (Jo 12:31, 14:30, 16:11). Paulo - luta contra o domínio do mal (Ef 6:12); 
           realidade do mundo espiritual.
9.2.6 - Resposta de Jesus (Mt 4:10): Amar a Deus sobre todas as coisas; efemeridade da vida material; 
           A luta entre o bem e o mal; O bem é permanente (a Lei) e mal passageiro (ignorância).

Anexo - Passagem de Mateus sob a narrativa do Bíblia de Jerusalem. Sem acréscimos.


Aspectos Doutrinários e Relevantes

122 - b) Tal influência só se exerce sobre o Espírito em sua origem?

“Acompanha-o na sua vida de Espírito, até que haja conseguido tanto império sobre si mesmo, que os maus desistem de obsidiá-lo.” 

125. Os Espíritos que enveredaram pela senda do mal poderão chegar ao mesmo grau de superioridade que os outros?

“Sim; mas as eternidades lhes serão mais longas.”

129. Os anjos hão percorridos todos os graus da escala?

“Percorreram todos os graus, mas do modo que havemos dito: uns, aceitando sem murmurar suas missões, chegaram depressa; outros, gastaram mais ou menos tempo para chegar à perfeição.”

131. Há demônios, no sentido que se dá a esta palavra?

“Se houvesse demônios, seriam obra de Deus. Mas, porventura, Deus seria justo e bom se houvera criado seres destinados eternamente ao mal e a permanecerem eternamente desgraçados? Se há demônios, eles se encontram no mundo inferior em que habitais e em outros semelhantes. São esses homens hipócritas que fazem de um Deus justo um Deus mau e vingativo e que julgam agradá-lo por meio das abominações que praticam em seu nome.”

"A palavra demônio não implica a ideia de Espírito mau, senão na sua acepção moderna, porquanto o termo grego daimon, donde ela derivou, significa gênio, inteligência e se aplica aos seres incorpóreos, bons ou maus, indistintamente.

"A primeira condição de toda doutrina é ser lógica. Ora, à dos demônios, no sentido
absoluto, falta esta base essencial.(...)"

132. Qual o objetivo da encarnação dos Espíritos?

“Deus lhes impõe a encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição. (...) Visa ainda outro fim a encarnação: o de pôr o Espírito em condições de suportar a parte que lhe toca na obra da criação. Para executá-la é que, em cada mundo, toma o Espírito um instrumento, de harmonia com a matéria essencial desse mundo, a fim de aí cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. É assim que, concorrendo para a obra geral, ele próprio se adianta.”

712. Com que fim pôs Deus atrativos no gozo dos bens materiais?

“Para instigar o homem ao cumprimento da sua missão e para experimentá-lo por
meio da tentação.”

a) - Qual o objetivo dessa tentação?

“Desenvolver-lhe a razão, que deve preservá-lo dos excessos.”
 
(AK - O Livro dos Espíritos)


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"Mas, somos Espíritos imperfeitos, encarnados na Terra para expiar nossas faltas e melhorar-nos. Em nós mesmos está a causa primária do mal e os maus Espíritos mais não fazem do que aproveitar os nossos pendores viciosos, em que nos entretêm para nos tentarem.
Cada imperfeição é uma porta aberta à influência deles, ao passo que são impotentes e renunciam a toda tentativa contra os seres perfeitos.(...)" AK- ESE, Cap. XXVIII, item 3, pg. 392)

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"6. - Porém, os males mais numerosos são os que o homem cria pelos seus vícios, os que provêm do seu orgulho, do seu egoísmo, da sua ambição, da sua cupidez, de seus excessos em tudo. Aí a causa das guerras e das calamidades que estas acarretam, das dissenções, das injustiças, da opressão do fraco pelo forte, da maior parte, afinal, das enfermidades."

"8. - Pode dizer-se que o mal é a ausência do bem, como o frio é a ausência do calor. Assim como o frio não é um fluido especial, também o mal não é atributo distinto; um é o negativo do outro. Onde não existe o bem, forçosamente existe o mal. Não praticar o mal, já é um princípio do bem (...)."
 (AK - A Gênese, Capitulo III).

"O fruto da árvore simboliza o objeto dos desejos materiais do homem; é a alegoria da cobiça e da concupiscência; concretiza, numa figura única, os motivos de arrastamento ao mal. O comer é sucumbir à tentação. A árvore se ergue no meio do jardim de delícias, para mostrar que a sedução está no seio mesmo dos prazeres e para lembrar que, se dá preponderância aos gozos materiais, o homem se prende à Terra e se afasta do seu destino espiritual." (AK - A Gênese, Cap. XII, item 15)

"53. - «Jesus não foi arrebatado. Ele apenas quis fazer que os homens compreendessem que a Humanidade se acha sujeita a falir e que deve estar sempre em guarda contra as más inspirações a que, pela sua natureza fraca, é impelida a ceder. A tentação de Jesus é, pois, uma figura e fora preciso ser
cego para tomá-la ao pé da letra. (...)" (AK - A Gênese, Cap. XV)

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"Espírito Santo - falange dos Emissários da Providencia que superintende os grandes movimentos da Humanidade na Terra e no Plano Espiritual"

"Reino de Deus - estado de sublimação da alma, criado por ela própria, através de reencarnações incessantes." 

"Milagre - designação de fatos naturais cujo mecanismo familiar à Lei Divina ainda se encontra defeso ao entendimento fragmentário da criatura".

"Tentação - posição pessoal de cativeiro interior a vícios instintivos que ainda não conseguimos superar por nós mesmos."

(FCX/Autores Diversos - O Espírito da Verdade, FEB, Cap. 8, A Rigor, pg. 29 e 30)




Ensaio Interpretativo


conduzido pelo Espírito / deserto / tentado / diabo



























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