ER3 - T13 - Visita a Nazaré (Mc 6:1-13) - Resenha

 ER - 13 - Visita a Nazaré (Mc 6:1-13)

 

Introdução: dois assuntos:

- Desafios na divulgação do Evangelho: tipos e intensidade variáveis; valiosas oportunidades de vivenciar os ensinamentos de Jesus.

- Cristo não foi poupado de dar testemunhos.

 

13.1 VISITA A NAZARÉ (MC 6:1-6)177

1 Saindo dali, foi para a sua pátria e os seus discípulos o seguiram.

2 Vindo o sábado, começou ele a ensinar na sinagoga e numerosos ouvintes ficavam maravilhados, dizendo: “De onde lhe vem tudo isto? E que sabedoria é esta que lhe foi dada? E como se fazem tais milagres por suas mãos?

3 Não é este o carpinteiro, o filho de Maria, irmão de Tiago, José, Judas e Simão? E as suas irmãs não estão aqui entre nós?” E escandalizavam-se dele.

4 E Jesus lhes dizia: “Um profeta só é desprezado em sua pátria, em sua parentela e em sua casa”.

5 E não podia realizar ali nenhum milagre, a não ser algumas curas de enfermos, impondo-lhes as mãos.

6 E admirou-se da incredulidade deles. E ele percorria os povoados circunvizinhos, ensinando.

a - Justificativas:

- Convivência próxima não reconhecimento das boas ideias ou ações.

- Ciúmes, inveja, orgulho, despeito ou incapacidade de reconhecer a capacidade de outrem de realizar alguma coisa que desperta a atenção e elogios de terceiros.

- Imperfeição moral presente em todos nós.

- Cultivo das virtudes.

b - Craig S. Keener, professor da Universidade de Duke, Carolina do Norte/USA:

pressupõe uma limitação não do poder de Cristo, mas de sua missão: curar sem que haja fé moralmente direcionada seria agir como os mágicos pagãos da Antiguidade.

c - Irmão X - Diálogo entre Jesus e Quintiliano Agrícola (patrício ilustre)

Jesus trazia a "solução de interesses eternos do Espírito que nunca morre. (...) examinai primeiramente até onde vos comprometereis com César, a fim de servirdes efetivamente a Deus. (...) Se cumprirdes, desde agora, os deveres referentes aos títulos com que vos apresentais, servindo conscientemente a justiça e atendendo aos interesses do bem público, na compreensão fiel das graves responsabilidades que assumistes, estareis com o Pai, desde hoje, e o Pai estará convosco"

d - Missão de Jesus: transmitir a Lei de Amor, dar visão mais ampla da vida, partilhar eficientes recursos de renovação para o bem.

 

 13.2 MISSÃO DOS DOZE (MC 6:7-13)181

7 Chamou a si os Doze e começou a enviá-los dois a dois. E deu-lhes autoridade sobre os espíritos impuros.

8 Recomendou-lhes que nada levassem para o caminho, a não ser um cajado apenas; nem pão, nem alforje, nem dinheiro no cinto.

9 Mas que andassem calçados com sandálias e não levassem duas túnicas.

10 E dizia-lhes: “onde quer que entreis numa casa, nela permanecei até vos retirardes do lugar.

11 E se algum lugar não vos receber nem vos quiser ouvir, ao partirdes de lá, sacudi o pó de debaixo dos vossos pés em testemunho contra eles”.

12 Partindo, eles pregavam que todos se arrependessem,

13 E expulsavam demônios, e curavam muitos enfermos, ungindo-os com óleo.

a - Chaplin; A criação do colégio ou conselho apostolar ensina-nos que o trabalho de ascensão espiritual do ser humano é de natureza coletiva, não é, e nunca será, solitário ou centrado no indivíduo, mas obra do conjunto.

b - Emmanuel (fonte viva):

"O apóstolo é o educador por excelência. Nele reside a improvisação de trabalho e o sacrifício de si mesmo para que a mente dos discípulos se transforme e se ilumine, rumo à esfera superior.

São instituições vivas do exemplo revelador, (...) Interferem na elaboração dos pensamentos dos sábios e dos ignorantes, dos ricos e dos pobres, dos grandes e dos humildes, renovando-lhes o modo de crer e de ser, a fim de que o mundo se engrandeça e se santifique (...) através da doação total de si próprios a benefício de todos. Por isso, passam na Terra, trabalhando e lutando, sofrendo e crescendo sem descanso, com etapas numerosas pelas cruzes da incompreensão e da dor [...].

c - Marcos (resumo):

1) Os apóstolos se deslocariam, aos pares, para divulgar o Evangelho (descentralização)

2) Os apóstolos teriam ação sobre os Espíritos perturbados e perturbadores

(impureza; pecado; arrependimento; André Luiz:No mundo maior, Cap. 3, p. 39. "O arrependimento é, porém, caminho para a regeneração e nunca passaporte direto para o Céu [...] )

3) Os apóstolos levariam consigo pouca bagagem nas viagens missionárias:

- dispensa comodidades e acessórios que podem impor obstáculos à boa divulgação da mensagem redentora.

- Joana de Ângelis: imediatismo da organização material; A pedagogia de Jesus; Toda aprendizagem exige exercício, repetência, de forma que se fixem por definitivo nos painéis da memória, transformando-se em conduta salutar.

4) Os apóstolos pregariam o Evangelho apenas a quem desejasse ouvi-los:

- A não imposição: não é indiferença;

- Aguarda a semente germinar na estação apropriada (Allan Kardec - ESE - Cap. 24, it. 10, p. 295)

5) Os apóstolos deveriam transmitir a seguinte recomendação a quem os ouvissem:

- O arrependimento é uma das maiores manifestações da Bondade e Misericórdia Divinas, como consta em O céu e o inferno: [...]

- O Espírito só compreende a gravidade dos seus malefícios depois que se arrepende. O arrependimento acarreta o pesar, o remorso, o sentimento doloroso, que é a transição do mal para o bem, da doença moral para a saúde moral.

- O perdão ao erro cometido significa que, no momento oportuno, a pessoa irá repará-lo.

6) Os apóstolos deveriam realizar a desobsessão e curar enfermos

- O professor, pesquisador e estudioso escocês J. D. Douglas: O resultado é a grande variedade de efeitos, tais como:

§  surdez (Lc 11:14),

§  epilepsia (Mc 9:17);

§  recusa de vestir roupas e

§  viver entre os sepulcros (Lc 8:27).

- O óleo: trata-se de uma tradição da cultura judaica: Tiago 5:14 Entre vocês há alguém que está doente? Que ele mande chamar os presbíteros da igreja, para que estes orem sobre ele e o unjam com óleo, em nome do Senhor. 15 E a oração feita com fé curará o doente; o Senhor o levantará. E se houver cometido pecados, ele será perdoado.

- Amélia Rodrigues (Vivendo com Jesus. LEAL, 2012. Cap. 6, p. 49. ):

"A felicidade, portanto, independe do que se tem, sendo um estado interior de paz, que as questões de ordem material não conseguem perturbar. Assim é o Reino dos Céus, que tem início no coração das criaturas, quando optam pelos valores do Bem, da justiça, do trabalho, do amor, da solidariedade.

A mudança de atitude na vida (...) acalma interiormente o indivíduo, que passa a aspirar à compreensão (...) Essa compreensão proporciona-lhe bem-estar interno, que se exterioriza em forma de júbilo e de saúde, mesmo que surjam doenças nesse percurso..."

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